Aqui em casa é uma eterna e tensa batalha onde bradamos: abaixo às telas. Crianças de todas as idades têm verdadeira fascinação por tudo que brilha, mas conforme vão apagando velinhas, o famoso quarteto televisão, computador, tablet e celular vai ficando cada vez mais sedutor e inevitável.
Para trazer minhas filhas para o lado iluminado da força ofereço sempre a minha companhia e um tabuleiro. É o suficiente para dar a largada a uma série de brincadeiras que garantem boas risadas e de quebra fortalecem o vínculo fraterno e familiar. Mas elas também já conseguem curtir sem a interferência dos adultos, como mostra o video acima.
BRINCADEIRAS DE BATER PALMA
Se alguém tiver um nome melhor para isso, por favor manifeste-se nos comentários!
Era o que eu mais adorava fazer quando criança. Stella e Lia sabem uma porção de músicas e algumas, surpreendentemente, são as mesmas que eu cantava. É uma fofura sem fim, muito embora os meninos fiquem um pouco tímidos de participar dessas brincadeiras de a-do-le-tá e afins.
Além de estimular a coordenação e concentração, o que exige um bom treino, é preciso também um bom repertório. Aqui elas inventam e quando eu acho que vai acabar a música, sempre tem mais uma frase e eu me ferro: quem saiu foi ...TU!
JOGOS
Temos os nosso preferidos aqui, escolhidos de acordo com a idade e interesses.
O xadrez é a bola da vez. Stella, 7 anos, manifestou interesse por aprender a jogar desde o ano passado e rapidinho decifrou as regras. O que ela ainda não entendeu é porque a maioria dos amigos não compartilha da mesma empolgação pelo jogo toda vez que desce para o parque do prédio com as peças e o tabuleiro debaixo do braço. Além de estimular o raciocínio, jogar xadrez também privilegia os momentos de reflexão e é um bom ensinamento para causa e consequência. De tanto ver a irmã movimentar torres, bispos, cavalos e peões, Lia, minha caçula de 5 anos, ficou curiosíssima do que prendia tanto a atenção da irmã e também pediu para aprender as jogadas.
Alguns outros jogos também são motivos para reunir a família:
DAMAS – uma alternativa ao xadrez, com regras mais simples
UNO – é preciso saber as cores e contar até 10 para poder jogar esse jogo de cartas. Sucesso absoluto em viagens e salas de espera também.
QUEBRA-CABEÇAS – sempre uma opção possível para qualquer idade. O legal é ir sempre avançando na quantidade de peças para ir aumentando o desafio.
LINCE – bom para treinar foco e atenção, pode ser jogado até pelos pequenos, também conhecido como os “café com leite”
JOGOS DE CARTA – enquanto elas não são introduzidas ao truco, esporte nacional por excelência, nos divertimos com rouba monte, mico e paciência.
GATO-MIA
Fico bem nostálgica ao falar dessa brincadeira porque essa me traz lembranças deliciosas de casa de avó, muitos primos, bolinho de chuva e uma vida sem contas a pagar. Introduzi o gato-mia aqui em casa em uma noite do pijama épica, promovida na ocasião do aniversário de 5 anos da Stella. Eram sete meninas dentro do meu apartamento e marido perguntava por que gritavam tanto (“Porque são meninas, ora!” respondi). Até que resgatei do fundo da minha memória o gato mia e do fundo de uma mala uma máscara de dormir. Nenhuma das meninas conhecia e foi o sucesso da noite.
Para brincar é preciso reunir pelo menos três pessoas (quanto mais gente, mais divertido) em um cômodo escuro. Escolhe-se por sorteio um pegador, que deve ficar do lado de fora enquanto o restante da turma se esconde. Quando todos estiverem a postos, a pessoa entra, de preferência com uma venda nos olhos para garantir que não está vendo nada, e começa a procurar pelo cômodo, usando sentidos como tato e audição para achar os outros participantes. O pegador pode dizer ou fazer coisas engraçadas para que os outros “gatinhos” deem risada ou façam barulho. Quando identificar algum amigo, fala: gato-mia! A pessoa deve soltar um miado. Se o pegador acertar quem está miando, o amigo pego será o próximo a ser vendado.
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